Em Dezembro de 2014 eu fui convidada para conhecer um pouco mais de como funcionava (sim começou bem antes dos jogos em si) e como funcionaria o trabalho dos voluntários Rio2016. Saí de lá tão empolgada e animada que cheguei em casa e fui correndo me cadastrar para fazer parte desse time.

Fui selecionada para ficar na parte de imprensa do estádio do Maracanãzinho (estádio de toda a competição de Volêi) cuidando da zona mista, que é a área por onde os atletas passam para dar entrevistas aos repórteres após os jogos.

Desde o momento da minha inscrição, até agora, quando alguém descobre que eu sou voluntária a reação é sempre de espanto. A maioria das pessoas acha que sou otária, maluca por trabalhar de graça, comentam que o país está com a economia péssima, que as Olimpíadas não deveriam acontecer, que não compactuam com o evento etc.

Acontece, que desde o momento que foi decidido que as Olimpíadas de 2016 aconteceriam aqui no Rio de Janeiro, esse fato não mudaria, mesmo que a maioria não concordasse, mesmo que a cidade falisse etc. Então o que eu podia fazer era fazer parte do time e me esforçar para que o evento acontecesse de forma linda e impecável, e posso dizer, o meu papel eu fiz!

Imagino que você deve estar lendo isso e pensando que ainda não vale a pena trabalhar de graça, mas abaixo te dou vários motivos que mostram que eu ganhei muito sendo voluntária.

Voluntária da Rio2016:

1. Assisti a diversos jogos de lugares privilegiadíssimos, sem precisar comprar nenhum ingresso. Ainda participarei das finais femininas e masculinas, e das premiações!
2. Me senti útil ajudando repórteres do mundo inteiro a conseguirem fazer as matérias/fotos de suas vidas!
3. Vi e falei com todos os atletas cara a cara, fiz “hi5”, “bate aqui”, parabenizei e senti a emoção de uma vitória.
4. Me relacionei com pessoas de todo o mundo: Itália, EUA, Sérvia, Malásia, França, Turquia, Japão, México, Índia… e também de todo o Brasil. Uma troca de cultura que me enriqueceu muito.
5. Treinei meu inglês como se não houvesse amanhã. Enriqueci meu vocabulário e treinei meu ouvido com diferentes sotaques e pronúncias.
6. Recebi e dei as boas vindas aos principais repórteres de todo o mundo! William Bonner me cumprimentou com um sorriso lindo e foi simpático como sempre.
7. Dancei, me diverti, comemorei e ri por em todos os dias que trabalhei.
8. Troquei pin, pedi pin, ganhei pins! Comecei uma coleção nova que tem um valor imensurável para mim.
9. Ver pela TV e depois assistir ao vivo, estar dentro dos bastidores, fazer parte, segurar a bola e entrar na quadra, não tem preço e nem explicação!
10. Receber elogios pelo meu trabalho, ouvir que sentiram minha falta, que estavam com saudades e ver que eu fiz diferença, que eu cumpri com meus objetivos, fui útil e essencial para que tudo desse certo é simplesmente impagável!

As olimpíadas ainda não acabaram, faltam exatos 3 dias para o dia do encerramento e eu já sinto um aperto no coração, uma saudade da rotina olímpica, do clima super animado do Maracanãzinho, das musiquinhas do vôlei, dos colegas internacionais e nacionais…

Valeu cada dia que acordei muito mais cedo do que estou acostumada, valeu enfrentar a preguiça com as caminhadas diárias ao redor do Maracanã, valeu cada pedido de pin, valeu até a tristeza pela eliminação da equipe feminina… tudo o que passei vai ficar guardado para sempre no coração ❤ e na memória!

Não me arrependo de ter sido voluntária, de ter oferecido meu tempo para atuar nesse evento tão grandioso e que provavelmente não se repetirá aqui em meu país! Foi lindo, foi emocionante, deu certo!!!

Obrigada Brasil , obrigada vôlei  , obrigada #Rio2016  !

Quem me acompanha pelo Twitter (me segue lá: @elfinha) sabe que nesse Sábado eu fui com mais quatro Blogueiras conhecer o Espaço Criança Esperança que fica no Morro do Cantagalo, na Zona Sul do Rio.

Aline Cavalcanti, Denise Rangel e Raphaella Avena

Fomos recepcionadas pelo diretor do Espaço, Jairo Coutinho, que fez um tour nos mostrando o Centro de Capacitação Profissional, a Quadra Poliesportiva, a Horta Orgânica e a biblioteca. Por ele eu soube que o projeto atende crianças a partir dos três anos de idade, também tem projetos para adultos e junto com diversas empresas parceiras eles tem um programa de empregabilidade, que no dia da visita tinham mais de 2mil vagas disponíveis!

Após conhecer as dependências do projeto, fomos para a Festinha onde as crianças estavam sendo pintadas, brincando, lanchando e aproveitando a companhia de duas atrizes de Malhação! Fui presenteada com uma Camiseta do Criança Esperança, a menina que veio me dar a camiseta foi tão carinhosa e me deu um abraço tão apertado que me emocionou…

Do Espaço fomos almoçar e depois fomos para casa, descansamos um pouco e depois fomos para o HSBC Arena assistir ao Vivo ao Show. Confesso que eu nunca tinha assistido a um dos Shows, e estando lá fiquei encantada. A produção é grandiosa, os cenários são lindos, os artistas são escolhidos a dedo para agradar o publico, que a cada apresentação ia a loucura, principalmente na hora do Rebolation, Luan Santana e Fiuk…

Lá no HSBC eu também tive a oportunidade de ir na Sala de Imprensa, onde encontrei pessoalmente o Fiuk que foi super simpático com todos os que entrevistaram ele e inclusive mandou uma mensagem especial a todas as leitoras do Elfinha.com:

Gracinha…

Nunca imaginei que o Show do Criança Esperança fosse ser tão lindo, tão luxuoso e com cenários e apresentações dignas das Paradas da Disney. Foi encantador, foi lindo, foi um aprendizado para a vida!!! Só tenho a agradecer a @Rede_Globo por ter me convidado para conhecer o Espaço Criança Esperança e assistir ao Show.

Quando eu tinha uns 12 anos eu não tinha internet na minha casa, só usava quando ia para a casa de uma amiga e me lembro que eu pedia muito a minha mãe para ter em casa, eu ficava na frente do computador tentando fazer uma conexão discada que nunca conectava, obvio!

Hoje todo mundo tem internet… Será?
Todo mundo que você conhece provavelmente tem internet, mas ainda estamos muito longe do mundo todo ter internet. Até porque muitos nem computador tem.

A Sam, do Blog A Vida como a Vida Quer, iniciou uma Blogagem Coletiva sobre Inclusão Digital, e o objetivo é os participantes contarem sobre algum projeto de inclusão digital e social que esteja acontecendo na sua cidade, de preferência na vizinhança, para que a pessoa vá de fato conhecer o projeto.

Na minha cidade, Rio de Janeiro, existem diversos projetos grandes acontecendo, a maioria quer beneficiar as pessoas de classe mais baixa e que não tem grana para bancar os custos de qualquer tipo de internet.

Um deles é o projeto de colocar laboratórios de informática nas escolas estaduais. Em março foi inaugurado 212 laboratórios com acesso à internet em banda larga em diversas escolas e outros serão inaugurados ao longo do ano, beneficiando mais de 320 mil estudantes.

Outro projeto que foi comentadíssimo foi o que beneficiou a Baixada Fluminense, levando acesso gratuito ao sistema de internet em banda larga sem fio a mais 1,5 milhão de pessoas. O mesmo serviço já existe na orla de Copacabana, Ipanema e Leblon.

Os morro Dona Marta também ganhou 16 antenas que transmitem o sinal da internet de graça e a Cidade de Deus também possui o sistema gratuito. Em breve, o governo vai disponibilizar acesso na Avenida Brasil, Cantagalo, Pavão-Pavãozinho e Rocinha.

Ou seja, o Rio de Janeiro está caminhando para ser uma cidade Incluída Digitalmente!
Você também quer participar da Blogagem Coletiva? Pode criar um post contando sobre os projetos da sua cidade, doar equipamentos que para você não tem mais uso, colocar o selinho na sua Sidebar, Twittar…